quarta-feira, 9 de outubro de 2013

PSD de Sciarra diz não a Richa

por Denise Mello, via portal Banda B

Embora faça o discurso de moçoila difícil, o presidente estadual e líder do PSD na Câmara, deputado Eduardo Sciarra, tem entendimento avançado com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, candidata ao Palácio Iguaçu; o partido perdeu espaço (Turismo) no governo Richa; a mágoa aumentou com a saída do secretário da Fazenda, Luiz Carlos Hauly, que mandou de volta para Pato Branco o suplente Pedro Guerra; além disso, o governador tucano abriu as portas para o Solidariedade trabalhar como “barriga de aluguel” no projeto de reeleição, condição que o PSD acha ser sua; o discurso de consumo externo, para não causar mais fissuras antes do tempo, é de que a legenda não vai de Gleisi nem de Beto.
O namoro não é de hoje. Em maio já se falava da possibilidade do deputado Eduardo Sciarra (PSD) ser candidato a vice-governador na chapa de Gleisi Hoffmann (PT) ou na do atual governador Beto Richa (PSDB). Namoro ou apenas flerte, o fato é que a possível “noiva”, no caso Sciarra, não quer nem um nem outro. Pelo menos por enquanto.
“O PSD nasceu fruto de uma ousadia e hoje está consolidado como o quarto maior partido do Brasil. Em razão deste crescimento, queremos lançar candidatura própria em vários estados, e no Paraná não é diferente. Aqui, temos nomes como o empresário Joel Malucelli, que é pré-candidato ao governo, e, nessa alternativa, coloco meu nome como candidato ao Senado. Mas só em março ou abril vamos verificar melhor o quadro”, disse Sciarra em entrevista à Banda B nesta terça-feira (8).
Egresso do PFL e do DEM, Sciarra integra a ala oposicionista do PSD, que rejeita a aliança com o PT. Por isso, há quem considere difícil uma aliança com o partido de Dilma no estado.
No Paraná, entretanto, uma corrente defende o apoio à reeleição do governador Beto Richa. Este também busca o apoio do PSD à sua reeleição. Para isso, indicou o deputado Reinhold Stephanes (PSD) para a chefia da Casa Civil.
PMDB
Mas o flerte tanto do PT quanto do PSDB não é tão fiel assim. E o PSD sabe disso. Os dois partidos sonham também como o PMDB, que também poderia ser pedido em casamento, mas ainda sem uma noiva definida, como no caso do PSD. Ontem, o presidente estadual do PT, deputado Enio Verri, disse que o PSD é uma das boas alternativas para a vice de Gleisi. “Iríamos manter a parceria que já acontece a nível nacional”, afirmou em relação ao PSD.
Mas Verri também afirmou que o partido está conversando para atrair o PMDB. Ele confirmou que se reuniu na semana passada com o presidente estadual do partido, deputado federal Osmar Serraglio, junto com a ministra Gleisi Hoffmann.
“Nós do PT temos o maior interesse em ter o PMDB conosco. Temos a vice para discutir. E admitimos coligação na proporcional”, garantiu Verri.
Já o PMDB está dividido entre a candidatura própria, que poderia ser tanto do senador Roberto Requião, quanto do ex-governador Orlando Pessuti, e uma aliança com Beto Richa ou Gleisi.

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