quinta-feira, 2 de julho de 2015

Dirceu vê ilegalidade e pede à Justiça para não ser preso pela Lava Jato

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Os advogados do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, liderados por Roberto Podval, entram nesta quinta-feira 2 com um pedido de habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 4ª Região para que o petista não seja preso na Operação Lava Jato.

No documento, a defesa cita que, na “iminência de sofrer constrangimento ilegal”, pede ao tribunal que conceda “ordem de habeas corpus, evitando-se o constrangimento ilegal e reconhecendo o direito do paciente de permanecer em liberdade”. A informação foi publicada pela jornalista Mônica Bergamo.

José Dirceu voltou a ser mencionado na investigação depois que o empresário Milton Pascowitch firmou acordo de delação premiada. Investigadores afirmam que Pascowitch é lobista e o único elo entre Dirceu e o PT. O ex-ministro é investigado por ter recebido dinheiro de empreiteiras envolvidas na Lava Jato, por meio de contratos com sua consultoria, a JD Assessoria e Consultoria.

Na petição, de 40 páginas, a defesa argumenta que Dirceu atendeu a “60 clientes de 20 setores diferentes da economia, como indústrias de bens de consumo, telecomunicações, comércio exterior, logística, tecnologia da informação, comunicações e construção civil” e que o dinheiro recebido das empreiteiras é fruto de seu trabalho como consultor, como já foi amplamente divulgado em outras ocasiões.

Os advogados dizem ainda que, apesar da insistência em ser ouvido, José Dirceu nunca pôde se explicar sobre quaisquer dúvidas “porventura existentes quanto a seus negócios, realizados no passado”. De acordo com vazamentos da delação publicados na imprensa, Pascowitch teria dito aos procuradores que intermediou o pagamento de propina ao PT e ao ex-ministro José Dirceu para garantir contratos da empreiteira Engevix com a Petrobras.

Dirceu nega irregularidades no contrato entre a consultoria JD e a empresa de Pascowitch, a Jamp Engenharia.

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