segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Punição a PMs que atrasarem IPVA acendeu a luz vermelha dos professores no Paraná

Em 29 de abril, Richa jogou PMs contra professores, e hoje massacra cada qual em seu canto -- separadamente; governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, curioso, veio à capital paranaense fazer estágio sobre como dividir as categorias do serviço público para então derrotá-las.
Os mais de 100 mil educadores da rede pública do estado Paraná entram na semana em estado de alerta. Explica-se o temor da maior categoria do serviço público do estado: o governo Beto Richa (PSDB) determinou que policiais, sob pena de punição, mantenham licenciamento de seus veículos particulares em dia. Nada de atraso, como exigiu na terça-feira (28) o major Joas Marcos Carneiro Lins, Subcomandante do 16° Batalhão da Polícia Militar de Guarapuava.
Se a palavra de ordem é aumentar o caixa do governo do estado a qualquer custo, mesmo que o destino do dinheiro seja desconhecido, os professores acreditam que serão os próximos a serem punidos [outra vez] pela sanha arrecadatória de Beto Richa. “Será que um eventual atraso na conta de luz, água ou IPVA acarretará desconto direto no contracheque, como nos empréstimos consignados?”, questionou uma assustada profissional do magistério, que é arrimo de família.

A luz vermelha acendeu para a educação paranaense porque o governador do PSDB escolheu o setor para pagar a maior parte da crise, fabricada por ele mesmo, devido aos desvios, propinas, fraudes, calotes e corrupção. Também fizeram crescer o rombo na gestão Richa a incompetência administrativa, o inchaço da máquina pública com comissionados, dentre outras barbaridades.

O leitor pode achar que a cogitação do governo Beto Richa, de punir os inadimplentes com as tarifas públicas, é absurda ou delírio de oposicionista, mas o que ele diz dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) recebendo a comenda de puxa-saquismo denominada “Ordem do Pinheiro”, mesmo os magistrados sabendo que o tucano comandou massacre de 213 pessoas no dia 29 de abril? Portanto, tudo é possível nessa terra de meu Deus!

O governador Beto Richa (PSDB) promoveu o maior ‘tarifaço’ que se tem notícia no país. O IPVA, por exemplo, subiu 40%; o ICMS saltou 50% e a isenção desse imposto foi extinto para mais de 95 mil produtos, inclusive da cesta básica. Além disso, a conta d’água aumentou em 50% entre 2011 e 2015, ante 31% do IPCA no mesmo período. A tarifa de energia foi reajustada em 51% só este ano.

Por outro lado, a título de comparação, professores e demais servidores do executivo terão reposição inflacionária em outubro de apenas 3,45%, referente a 2014, e 8,5% em janeiro de 2016, relativos à perda deste ano. Ao ‘pacote de maldades’ e perseguições, some-se os calotes e punições aos educadores e policiais, que atrasou pagamento de diárias, terço de férias, progressões de carreira, entre outros calotes, e ainda confiscou a aposentadoria de todos os servidores.

Em 29 de abril, Richa jogou PMs contra professores, e hoje massacra cada qual em seu canto — separadamente. O modus operandi do tucano chamou a atenção do governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB), que veio à capital paranaense fazer “estágio” sobre como dividir as categorias do serviço público para então derrotá-las.

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