Faltou bom senso nos acréscimos de Inter x Atlético-GO

Craques e simuladores desse meu Brasil, tem coisa que não está na regra, mas que prevalece o bom senso. O árbitro Jailson Macedo Freitas-BA, na partida Internacional 0 x 0 Atlético-GO, no Beira-Rio, encerrou a partida antes da cobrança de falta. A informação é a seguinte: faltavam 10 segundos para o acréscimo de dois minutos que ele havia concedido encerrar e um jogador do Dragão fez falta próxima à área.

Jailson indicou mais um minuto, esperou a formação da barreira e, vendo que os colorados não paravam de reclamar da barreira e por isso não cobravam a falta, encerrou a partida antes de D'Alessandro cobrar. O tempo entre o apito da autorização da cobrança e do fim do jogo foi de pouquíssimos segundos.

Isso está certo? Bom, pela regra, não há nada que impeça. O acréscimo é do árbitro. Com a recomendação de subir a placa de acréscimos, ele se compromete a dar ao menos aquilo que está na placa. A regra diz que o juiz deve recuperar todo o tempo de paralisação do jogo, especificando as substituições, atendimentos médicos e perda excesssiva de tempo em outras situações. Ou seja, o tempo normal de cobrar um arremesso lateral, tiro de meta ou escanteio não deve ser recuperado no acréscimo.

No caso da falta do Inter, o árbitro poderia ter esperado a cobrança. Eu esperaria, pois é um momento que podemos fazer justiça à jogada que vinha sendo feita. Imaginem a jogada anterior: o Inter tinha uma chance razoável, não clara, de gol, pois estava quase na meia-lua da área, e foi impedido de ter a chance de finalizar por uma falta a poucos segundos do fim. Para não beneficiar o infrator, o bom senso 'manda' esperar a cobrança. Se você acabar antes, vai aguentar a reclamação dos jogadores e vai chamar os holofotes para si.

Uma torcedora do Inter invadiu o campo para tentar chegar ao árbitro, mas foi impedida por policiais. Uma coisa não justifica a outra. Se isso realmente aconteceu, o Inter deve ser julgado e pode perder mando de campo.