O
Coritiba venceu pela primeira vez no Brasileiro, apagando a péssima
imagem deixada na rodada passada, quando perdeu em casa para o
Botafogo, por 3 a 2, encerrando uma invencibilidade de 28 partidas como
anfitrião. Ontem, o Coxa voltou a fazer valer seu trunfo, o Couto
Pereira, e ganhou por 2 a 0 da Portuguesa, no terceiro compromisso do
time neste Brasileirão. A vitória, sem sustos, garantiu os primeiros
pontos do Alviverde e, de quebra, tirou a equipe da incômoda lanterna da
competição.
O
técnico Marcelo Oliveira elogiou a postura da equipe, principalmente na
primeira etapa, mas lamentou o fato de o placar não ter sido maior.
“Não tivemos sustos, foi um primeiro tempo quase perfeito”, opinou o
comandante. “No segundo tempo, renovei o setor de meio de campo, mas
pecamos no contra-ataque, anunciado para a segunda etapa [pelo placar de
2 a 0 para o Coxa]. Erramos no último passe, na hora de fazer o gol”,
apontou o treinador. “Poderia ter sido um resultado mais elástico”,
lamentou.
O
confronto no Alto da Glória contou com a estreia do meia-atacante
Robinho, que participou do segundo gol, e a volta do volante Willian, um
dos destaques da partida. “Estou conseguindo correr, mas o mais
importante não é eu estar voltando bem, mas sim o Coritiba vencer”,
comentou o volante, recuperado de uma lesão na coxa direita.
O
prata da casa ajudou a dar apoio defensivo ao time, que buscava uma
nova característica cobrada pelo treinador: a marcação no campo do
adversário. “A Portuguesa estava fechada e nós trabalhamos a marcação no
campo deles”, destacou Marcelo Oliveira.
O
empenho em apertar a saída de bola recompensou o Coxa no fim do
primeiro tempo, aos 43 minutos. “O segundo gol saiu de uma bola
roubada”, lembrou o treinador. Ele se referia ao gol marcado por Everton
Costa, que mandou uma bomba da entrada da grande área, pela esquerda.
Ayrton, aos 18, havia aberto o placar com um chute que, antes de entrar,
desviou na zaga.
No
segundo tempo, a marcação não teve o mesmo ritmo, dando espaços ao
ataque rival, que mesmo assim não chegou com perigo real à meta de
Vanderlei. “Tínhamos um jogador a menos no meio campo. Os nossos meias
se desgastaram e não conseguiram marcar muito”, analisou Oliveira. Nesse
momento, o técnico adversário, Geninho, havia mudado o time, colocando
mais peças na meia-cancha.
Com
a confiança renovada, o Coritiba agora se aventura fora de seus
domínios. Sábado, às 18h30, o Alviverde pega o Flamengo, pela quarta
rodada do Brasileiro, no Rio. Na quarta-feira seguinte, dia 13, a briga é
por uma vaga na final da Copa do Brasil, no jogo de ida com o São
Paulo, no Morumbi.
O jogo
O
Coritiba engrenou no jogo depois de marcar o primeiro, aos 17 minutos.
Enquanto tentava imprimir velocidade, a Lusa se esforçava para segurar a
partida. Sem chegar ao campo ofensivo, o time paulista viu a equipe do
Alto da Glória se firmar no fim do primeiro tempo, quando ampliou o
placar para 2 a 0. Daí em diante, o Verdão praticamente administrou o
resultado.
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