do Brasil 247
Após a repercussão negativa da série de
declarações de Marina Silva sobre o futuro do PSB nas eleições de 2014,
em detrimento ao projeto de Eduardo Campos, o partido reagiu
publicamente em defesa do governador de Pernambuco. Em entrevista à
Folha, a ex-senadora recém-filiada ao partido disse que tanto ela quanto
Campos são “possibilidades” para a disputa.
“Não tem isso de discutir lá na frente posição na chapa. A
candidatura posta é a de Eduardo e ela vai até o dia da eleição. A
cabeça de chapa se chama Eduardo Henrique Accioly Campos e esse será o
nome na urna no dia da eleição”, afirmou o secretário-geral do PSB,
Carlos Siqueira, segundo reportagem da Folha.
O senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) também negou a possibilidade de
que o governador possa vir a ceder a vaga a Marina, a depender das
circunstâncias.
“Os que apostarem em uma disputa entre Eduardo e Marina vão perder.
Não tenho nenhuma dúvida de que a Marina fez opção pela candidatura do
Eduardo, e essa candidatura vai até o fim.”
Só nesta quarta-feira, Marina estampo a capa de três jornais com mensagens negativas à imagem de Eduardo Campos.
Na Folha, Marina se colocou como candidata à presidência, negando o
que havia dito no próprio sábado, quando o pacto Rede-PSB foi anunciado.
No Globo, contestou alianças pragmáticas de Campos e disse que “não há
lugar para inimigos históricos” em seu partido, referindo-se a Ronaldo
Caiado, (DEM-GO) como se o PSB já fosse dela.
No Estado de S. Paulo, mais grave ainda, confirmou ter dito que seu
movimento visava combater o “chavismo” do PT. “Quando me referi à ideia
do chavismo foi no espaço do comportamento político, de que não possa
prosperar outra força política”, disse ela.
O falatório, além de constranger o partido, também já causou rachas
em alianças. O DEM de Ronaldo Caiado retirou o apoio a Eduardo Campos em
2014. O líder do Democratas na Câmara dos Deputados rebateu através de
nota os ataques a ele perpetrados. “É preocupante que alguém que postula
a Presidência da República seja intolerante e hostil exatamente ao
setor mais produtivo da economia, responsável por 23% do PIB e por mais
de um terço dos empregos formais do país”, disse Caiado, ao sugerir que a
crítica direcionada a ele reflete o “preconceito” da líder da Rede
Sustentabilidade com os produtores rurais brasileiros.
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