
Deputado federal Fernando Francischini, conhecido como Batman, resolveu sair do armário nesta quarta; ele deverá assumir o comando do Solidariedade no Paraná; entretanto, o parlamentar deverá continuar sob as asas do governador Beto Richa (PSDB), a quem vai oferecer cerca de 2 minutos de tevê para sua reeleição em 2014; novo partido é visto como mais uma oportunidade para os políticos pularem a cerca até 5 de outubro, sem serem punidos com a perda do mandato.
Francischini conta que houve uma tentativa de boicote ao partido, já que existem diversos deputados federais que devem migrar para a nova sigla e defendem o apoio a candidatura do senador Aécio Neves (PSDB) para a Presidência da República.
“O governo jogou contra e plantaram assinaturas dentro do nosso pedido para sacanear”, relatou o deputado, afirmando que durante o processo de aprovação as lideranças que estão articulando a formação da sigla não puderam se manifestar para não atrapalhar.
Uma reunião com os deputados federais que irão integrar o Solidariedade está marcada para as 14 horas. “Vamos decidir quem vai ou não e tenho que decidir a minha vida”, afirmou Francischini.
Trata-se do 32º partido político do país. Mais cedo, o tribunal já havia aprovado a criação de outra nova legenda, o Partido Republicano da Ordem Social (PROS). O Solidariedade, fundado em outubro do ano passado, adotará como sigla partidária SDD e terá o número 77 como representação nas eleições de 2014.
Debandada em Ponta Grossa
Em Ponta Grossa o novo partido deverá contar com o radialista Tavinho Luck (PV) – que interpreta os personagens “Véio” e “Pastor” na Rádio T FM –, e o vereador Valdenor Paulo do Nascimento – “Cenoura” (PSC).
Tavinho esteve reunido com Francischini na última segunda-feira, 23, e pretende voltar a conversar com o deputado ainda nesta semana. O encontro dos dois foi intermediado pelo jornalista Altair Ramalho, que faleceu ontem.
Já “Cenoura” é ligado à Força Sindical, que tem como líder estadual Sérgio Butka, e aguarda os desdobramentos da aprovação do novo partido para discutir a sua filiação.
“Em Ponta Grossa o partido terá uma das maiores forças no Estado”, adiantou Francischini.
Fatos & versões
O líder do governo na Câmara Municipal, vereador George Luiz de Oliveira (PMN), contou que manteve conversas com “Cenoura” antes da aprovação do novo partido sobre a sua filiação à sigla, devendo retomá-las agora e analisar a chapa para deputado estadual. “Cenoura” negou as conversas.
Quem também teve o seu nome cogitado para a nova sigla foi o vereador Rogério Mioduski (PPS). Ele informou que não pretende deixar o PPS. “Vou ficar no partido do prefeito Marcelo Rangel”, descartou.
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