A diretoria da Itaipu Binacional, em nota, contestou nesta quarta-feira (23) a informação de que a empresa não dialoga com o movimento grevista.
Nesta semana, trabalhadores do setor administrativo da energética cruzaram os braços na capital paranaense pedindo equiparação salarial com o lado paraguaio. O Sindenel (Sindicato dos Eletricitários de Curitiba) acusou a Itaipu de não dialogar e ameaçou levar a demanda para a presidenta Dilma Rousseff (PT), em caravana até Brasília.
Na nota, a Itaipu assegura que fez proposta aos grevistas e que a mesma “não esgota o debate acerca de outros avanços almejados pelos trabalhadores, como, por exemplo, o estudo sobre o reenquadramento, previsto para o mês de junho de 2016”.
“A Itaipu mantém a sua decisão de implantar a nova tabela salarial para empregados que assim decidirem aderir. E respeita o direito de greve, que é assegurado pela Constituição Federal e está previsto na Lei 7.783/89.”, diz outro trecho do comunicado da binacional de energia.
A seguir, leia a íntegra da nota da Itaipu Binacional:
NOTA DA ITAIPU BINACIONAL
Em relação à nota publicada ontem na coluna, a Itaipu informa que sempre esteve aberta ao diálogo e à negociação com o movimento sindical e nunca mediu esforços para viabilizar uma solução binacional para a questão das tabelas salariais, empenhando-se na busca de uma proposta que corrige as distorções entre as margens, mas que, ao mesmo tempo, seja economicamente sustentável para a Entidade.
A solução possível de ser absorvida pela folha de pagamento da Itaipu e pela Fibra foi apresentada às entidades sindicais e aos trabalhadores no último mês de julho. Resultou numa nova tabela salarial, mais justa, que atende aos pleitos de ter a mesma curvatura e a mesma amplitude, binacionalmente.
Convencida do avanço que a nova tabela salarial representa para o conjunto dos trabalhadores, brasileiros e paraguaios, a Diretoria decidiu implantá-la por ato de gestão, oferecendo a oportunidade de adesão individual e voluntária a todos os empregados, de ambas as margens. Dessa forma, não há perdas, apenas benefícios.
Diante disso, por não concordarem com a implantação da nova tabela salarial, os sindicatos que representam a categoria dos trabalhadores de Itaipu deflagraram greve no dia 16 de setembro de 2015 e solicitaram a reabertura das negociações.
Atendendo a esse pedido, um dia antes da greve, no dia 15, à tarde, a Diretoria manteve o diálogo aberto com as entidades sindicais, quando, mais uma vez, reafirmou as vantagens da implantação da nova tabela salarial. Também reiterou que essa medida não esgota o debate acerca de outros avanços almejados pelos trabalhadores, como, por exemplo, o estudo sobre o reenquadramento, previsto para o mês de junho de 2016. Mesmo assim, não houve acordo.
A Itaipu mantém a sua decisão de implantar a nova tabela salarial para empregados que assim decidirem aderir. E respeita o direito de greve, que é assegurado pela Constituição Federal e está previsto na Lei 7.783/89.
Nos termos dessa Lei, a produção e a distribuição de energia elétrica são consideradas atividades essenciais que devem ser garantidas, com equipes de empregados responsáveis para evitar que a paralisação resulte em prejuízos irreparáveis para a Entidade e para a sociedade.
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