Foram identificou ao menos 13 itens requentados no “Pacote de Maldades 3” anunciado ontem (3) pelo governador Beto Richa (PSDB). Ao todo, o tucano divulgou 18 pontos para “reaquecer” a economia paranaense.
Dentre as “bondades” repetidas pelo marketing do Palácio Iguaçu estão pagamento de dívidas atrasadas, programa nota fiscal paranaense, linhas de crédito do BRDE, Fomento e SEDU.
Com mais de 80% de reprovação nas pesquisas de opinião, o governador do PSDB teve a gênese do declínio político no estelionato eleitoral — “o melhor está por vir” — cantado em verso e prosa após a reeleição de 2014.
O pacote de notícias velhas com roupagem nova tenta driblar a realidade cruel do governo tucano, que arranca o couro dos trabalhadores e do setor produtivo do estado. A estratégia de tentar enrolar os mais desavisados pode transformar-se em um tiro no bico do tucano.
No “Pacote de Maldades 1”, aprovado em dezembro, Richa aumentou ICMS (50%), IPVA (40%); nos últimos meses, a tarifa da Copel subiu 70% e da Sanepar 20%; a tarifa de ônibus na rede metropolitana desintegrou e também subiu.
Já o “Pacote de Maldades 2” consistiu no confisco à força de R$ 8 bilhões da poupança previdenciária dos servidores públicos. O custo político foi alto: 213 pessoas covardemente feridas pela ação violenta da polícia e a popularidade do governador irrecuperável.
Este “Pacote de Maldades 3” tem a alma calcada na “antecipação de recebíveis”, algo em torno de R$ 6 bilhões (mais tarde o tema será dissecado pelo Garganta Profunda de Londrina), e na farra da propaganda. Muita propaganda, diga-se de passagem.
Entretanto, chama a atenção a trapalhada na estratégia dos marqueteiros pagos a peso de ouro. A repercussão dos factoides de ontem foi ofuscada pela notícia da PM sem viaturas e hoje o corte de comida para a Polícia Civil.
A antecipação do 13º salário só será possível graças ao sangue dos professores que correu o Centro Cívico no dia 29 de abril. O dinheiro é fruto de saques na poupança previdenciária, portanto, essa “bondade” é um “peido de véia” no meio desse novo pacotaço de maldade.
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